Convidamos agora a conhecerem a localidade de Lajes.
Lajes fica situada no concelho de Seia, com 4,41 km² de área e 273 habitantes (2011). Densidade: 61,9 hab/km². Com a reforma administrativa do território, hoje, em dia faz parte da União das Freguesias de Tourais e Lajes.
Há registo de documentos que comprovam a sua existência desde a época medieval, estando referenciada nas Inquirições de D. Afonso III (1296) com o nome de "Lageas", no entanto, o povoamento inicial das Lajes é muito mais antigo, já aparece mencionado nas Inquirições de 1258. Sabe-se que teve a sua origem na Quinta da Prelada, onde nasceu e viveu D. João Vaz Pato e onde existe uma habitação tipo fortaleza.
Terá sido no séc XIII, que um cavaleiro Mem “Pichel” comprou umas herdades a uns “ jugadeiros” chamados “Carrioes”. Atualmente ainda é possível de encntrar alguns dos vestígios na Quinta da Prelada.
Foi nesta quinta, que outrora o povo de Lajes celebrava as festividades em honra a Santa Agueda, junto à capela com o mesmo nome, bem como junto d´uma bela e artística fonte (que ainda hoje pode encontrar). .
A povoação foi uma das que beneficiou do Foral Novo dado a Seia, por D. Manuel I, em Santarém, pagando o foro com géneros alimentares, como o trigo e carne, entre outros.
Como muitas localidades do país, também lajes é uma terra com histórias e lendas para contar.
O “Penedo da História” situado no meio de uma mata , num chamado Parceria, que se destaca não pelo que conta a lenda, mas também pela sua forma, pois muitas vezes em tempo de chuva, serve de abrigo aos trabalhadores. Conta a lenda que Nossa Senhora gostava de se sentar no penedo, penteando-se ao sol e quando para se dirigia, fazia-se acompanhar por um cavalo branco, ao qual, segundo a tradição, correspondem as marcas de pisadas no local, onde também se consegue ainda ler uma inscrição:” H/R / / C/D/E/V”.
O “Cruzeiro das Almas” conta a história de um homem e seu cabrito, subitamente desaparecidos junto a uma encruzilhada, cruzamento de vários caminhos, a que a tradição popular desde sempre atribuiu certas práticas, uma espécie de poder mágico ou superstições; de modo que o povo decidiu construir um cruzeiro, com a finalidade de espantar os maus espíritos.
Lajes, foi a primeira localidade da zona a ter electricidade fruto da luta dos seus habitantes que ao verem a sua terra ser atravessada pela linha de alta tensão de interligação com a rede europeia conseguiram reivindicar contra-partidas.
Ao Sul esta localidade tem uma laje granítica conhecida como Laje de São Domingos e daí o seu nome.
Como toda a região alimentou a emigração portuguesa na várias vagas havidas no século XX, mas em particular na década de 1920 criou-se um núcleo de emigrantes em Fall River, Massachusetts, Estados Unidos.
